sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Por que as baratas morrem com inseticida e não morrem com radioatividade?


Encontrei isso em uma publicação no Facebook e decidi dar uma garimpada em alguns sites e responder
*As letras verdes resumem o post


Primeiramente, inseticidas foram feitos para matar baratas, mas bombas atômicas não.
As baratas são bem resistentes por serem organismos mais simples (ela pode até viver sem cabeça por várias semanas, até morrer de fome!), tendo poucos genes sujeitos à mutação e mais facilidade em recuperar danos ao DNA. São seres vivos que tem a alta capacidade de adaptação aos meios mais adversos seja ele por fatores químicos ou físicos. Gostam de ambientes úmidos e quentes, mas também são capazes de sobreviverem a temperaturas muito baixas.
No cardápio delas existe espaço para restos de comida animal ou vegetal, papéis roupas e ate madeira. Geralmente, elas se alimentam a noite, já que são animais de hábitos noturnos. Mesmo sem comida podem viver ate um mês sem se alimentar e vários dias sem beber água. As baratas são praticamente cegas, mas suas antenas são bastante poderosas e podem detectar vibrações, mudanças de temperatura, umidade e é assim que elas decidem sair correndo para se esconder do perigo.
Os inseticidas vendidos nos supermercados fazem parte do grupo dos piretróides. As moléculas atuam no canais de sódio, presentes no axônio (células nervosas) dos insetos. Os piretróides não permitem que os canais de sódio de fechem, havendo passagem de íons Na+ do interior para o exterior da célula nervosa. Isso dispara impulsos nervosos que não se cessam, havendo morte por irritação do inseto. Outras moléculas podem atuar também nos inibidores de acetilcolinesterase, mas o que ocorre é uma intoxicação do inseto por excesso de acetilcolina. O inseto não morre por asfixia e sim por intoxicação. Outro modo de ação são os agonistas da acetilcolina, que fazem com que também haja impulsos nervosos incontroláveis nos insetos, ocasionando morte por irritação. Ou seja, os inseticidas usados para matá-las têm um componente que provoca espasmos musculares (tic tic nervoso) ou intoxicação. Então com a coordenação motora comprometida pela ação do veneno elas começam a ter tremeliques, não conseguem se desviar e morrem no estilo “mãos ao alto”.
Para resistirem a uma hecatombe nuclear, as baratas teriam de estar longe do centro de ação da bomba. Senão morreriam queimadas, já que o epicentro de uma bomba desse tipo chega ate mais ou menos 3000ºC. Se ela fugissem da explosão, a grande vantagem seria o corpo chato e pequeno, isso possibilitaria que ela fugisse em pequenas frestas, protegendo-se da radiação mais forte.
Enfim, baratas também morrem com radiação, mas são 20 vezes mais resistentes a radiação que o ser humano, já os inseticidas são próprios para matá-las através de impulsos nervosos incontroláveis.


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